Descartes - Filme Origem
1. Nem sempre é fácil distinguir realidade de sonho pois no sonho tudo parece real, aquilo que lá acontece assume o papel de realidade.
2. As personagens sabiam fazer esta distinção através de um totem que era pessoal, individual e característico pois possuia alguma característica que surgia de maneira diferente no sonho e na realidade (por exemplo, a peça que girava perpetuamente no sonho e que na realidade parava de girar passado algum tempo).
3. Descartes coloca a hipótese da existência de um “deus enganador” ou génio maligno. Esse deus enganador pode ter-nos criado destinados, sem darmos por isso, a errar sistematicamente. No filme “A Origem” também nos deparamos com esta situação, pois a “implantação” de uma ideia na mente de um indivíduo efetuada pela equipa de Cobb, levará o indivíduo a ter na sua mente ideias falsas que tomará como verdadeiras, tal como Descartes afirma.
A personagem de Mal poderia representar o génio maligno, alguém enganador, capaz de manipular para obter aquilo que quer e que é capaz de controlar a mente de alguém, que no filme corresponde a Cobb.
4. Ainda não houve nenhuma situação do dia-a-dia que me parecesse irreal.
5. Para mim, todas as situações vivenciadas nos sonhos parecem-me muito reais e verdadeiras. Apenas quando acordamos nos damos conta de que o que vivemos foi apenas um sonho e foram muito estranhos. O nosso cérebro não consegue diferenciar o sonho do real, o que assusta.
6. Eu penso que este filme transmite uma perspetiva dogmática pois obriga-nos a questionar sobre o que existe verdadeiramente, sobre o que é a absoluta verdade. Faz-nos ponderar se a vida que estamos a viver neste preciso momento é um simples sonho e que em qualquer momento podemos acordar. Eu pendo que Christopher Nolan inspirou-se em Descartes para a escrita do argumento do filme “Inception” pois as semelhanças são evidentes. No filme a ação desenrola-se à volta do facto de não sabermos o que é