Descarte de medicamentos
Por Juliana Ribas
O que não tem mais utilidade vai para o lixo. Mas, e quando o produto não pode ser descartado ‘de qualquer jeito’? São muitas as políticas de resíduos, muitas atividades educativas orientam o cidadão quanto à coleta seletiva, mas muita coisa ainda precisa ser dita.
Foi levantada uma discussão sobre o que fazer com os remédios vencidos. E não é uma questão simples realmente. De acordo com especialistas em saúde e meio ambiente, eles contêm substâncias químicas que podem contaminar solo e água dos rios, ou seja, não deve ser jogado no lixo comum, nem em vaso sanitário, tampouco em ralos de pias. Além da falta de informação sobre o assunto, existe também a ausência de postos de recolhimento nas cidades. Em Vitória da Conquista, a população passa por este problema. "Quase não dá tempo para expirar o prazo de validade, mas quando isso acontece, eu trituro-os e jogo fora", conta Sr. Pedro Duque. Foto: Zé Silva
Sr. Pedro Duque usa mais de 30 medicações por dia. E quando uma delas passa do prazo de validade ele tritura o remédio e joga fora.
Mas, o inspetor da Vigilância Sanitária de Vitória da Conquista, Odilio Leandro Neto, orienta as pessoas que receberam medicamentos da rede pública, a devolver os remédios vencidos aos postos de saúde. “Em Vitória da Conquista não existe coleta seletiva. Os postos estão sendo capacitados para receberem esses medicamentos vencidos, que sejam da padronização do município”, explica. No caso do Sr. Pedro, como as medicações são da rede pública, ele deve recolher aquilo que está vencido e devolver ao posto de saúde que distribui a ele.
Mas, a grande pergunta é: E aquelas pessoas que compraram da rede privada, como as farmácias particulares? Não existe uma legislação que obrigue a farmácia a receber de volta os medicamentos que foram comercializados por ela. Neste caso, Odilio propõe um ‘acordo de cavalheiros’. “Cabe aí um consenso, um ‘acordo de