desamparo aprendido
DESAMPARO APRENDIDO Em 1967 Seligman e Maier utilizaram um procedimento experimental utilizando três grupos de cães para investigar qual seria o efeito da apresentação de choques incontroláveis na aprendizagem posterior dos animais. Dois cães foram submetidos aos choques elétricos enquanto um terceiro animal permaneceu na caixa experimental sem a apresentação dos choques. O controle dos choques era permitido a um animal somente que poderia suspender os choques com uma resposta de pressionar o painel com o focinho. As respostas do segundo animal não tiveram nenhuma conseqüência programada. Quando o primeiro cão pressionava o painel, além de suspender o seu choque também suspendia o choque que estivesse sendo apresentado ao segundo cão. Assim os choques eram fisicamente iguais para ambos os cães, porém passíveis de serem controlados pelo primeiro sujeito, e incontroláveis para o segundo. Vinte e quatro horas após a fase de tratamento com os choques, os cães foram submetidos a um teste de aprendizagem, utilizando-se uma contingência de fuga para a resposta de correr. Os resultados mostraram que os animais previamente tratados com choques controláveis conseguiram emitir a resposta de fuga com latências sucessivamente menores ao longo da sessão de teste, assim como os animais sem exposição prévia aos choques. Os animais previamente submetidos aos choques incontroláveis não emitiram a resposta de fuga ou, quando o fizeram, não tiveram suas respostas selecionadas pelo término do choque. Portanto estes cães não aprenderam a resposta de fuga. A esta dificuldade da aprendizagem foi dado posteriormente o nome de desamparo aprendido (Seligman, 1975).
Desde então o desamparo aprendido tem sido definido como a dificuldade de aprendizagem apresentada por indivíduos que tiveram experiência prévia com estímulos incontroláveis (Maier & Seligman, 1976). Segundo Peterson, Maier e Seligman (1993), a identificação do desamparo aprendido se