desafios do ensino noturno
Será o diurno parâmetro de comparação para o noturno?
Autores
Dayane De Jesus Soares
Anderson Luis De Ávila Gomes
Ricardo Luiz Dos Santos Souza
Wallace Fernandes De Azevedo
Thiago Lamounier De Souza Oliveira
Introdução
Muito tem sido discutido a respeito do ensino noturno nas escolas da rede pública estadual e muito também tem se desgastado o ensino nesse turno. A maioria das escolas ainda está em processo de adaptação ao ensino noturno e grandes dificuldades têm sido enfrentadas na concretização dessa ideia.
Este artigo tem como principal objetivo, expor as dificuldades enfrentadas pelo ensino noturno, bem como fazer um paralelo entre esse ensino e o ensino diurno, em aspectos que dizem respeito ao público alvo, espaço físico, professores e principalmente ao ensino propriamente dito. Para tanto, contaremos com os relatos de experiência de estágio realizado por três estudantes de matemática durante o segundo semestre de
2012, sendo dois destes no ensino noturno e um no diurno. Esse tema foi escolhido, pois foi muito marcante ao nos depararmos com uma realidade de ensino muito precária, no ensino noturno das escolas observadas, em comparação ao ensino no curso diurno.
Público alvo dos turnos; breve parecer sobre as escolas e evasão no noturno
Ao que se sabe, as primeiras notícias acerca da existência de ensino noturno no
Brasil datam do tempo do Império. Nos registros de Primitivo Moacyr (1936, 1939) encontram-se dados de que entre 1869 e 1886 escolas noturnas para adultos funcionavam em diversas províncias do país e seu principal objetivo era alfabetização de jovens e adultos que tinham uma carga horária diurna de trabalho. Esse ainda é o público alvo principal do curso noturno: pessoas que pararam de estudar por algum motivo, ou que trabalham no turno diurno. Isso criou uma espécie de incentivo por parte de algumas empresas, que só se dispõem a contratar jovens trabalhadores caso estes, não só