Desafio Profissional Pedagogia.
Glaucí Kuhn Pletsch1
Nos últimos anos, a educação infantil tem-se constituído alvo de atenções diversas, no plano da mídia impressa e eletrônica e na produção acadêmica.
Inúmeros trabalhos tratam da delimitação de temas para a formação dos profissionais de educação infantil e torna-se imperativo delimitar pressupostos de formação a partir das necessidades e características das crianças de 0 a 6 anos, foco principal da ação desses profissionais.
O primeiro ponto a ser redefinido é o do significado da relação ensino/aprendizagem com bebês e crianças pequenas, especialmente se considerarmos o significado da função docente junto a crianças com tão pouco tempo de vida e o debate sobre como preparar professores dentro de perfis que respondam mais adequadamente à diversidade de situações presentes.
A LDBEN identifica o profissional que trabalha diretamente com as crianças nos diferentes níveis de ensino delineando o perfil desta formação:
“Os docentes incumbir-se-ão:
I. participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;
II. elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;
III. zelar pela aprendizagem dos alunos.” (Artigo 13)
Essas tarefas aplicam-se, também, aos profissionais de educação infantil se superarmos a tradicional associação ensino e transmissão de conceitos, em geral pensados dentro de disciplinas acadêmicas. Novas perspectivas em relação ao ensinar/aprender consideram que há uma construção de significações (afetos e conhecimentos) pela criança desde o nascimento mediada por parceiros adultos. No caso, o professor de educação infantil é um especialista no acompanhamento dos processos, envolvendo crianças muito pequenas em um ambiente coletivo e diverso do familiar.
Como não poderia deixar de ser, o papel da educação infantil, sistematizado nas normativas atuais, traz consigo não apenas uma visão de criança mas, também, uma concepção de