Desafio na gestão de recursos do sus
O modelo atual de gestão do SUS é baseado nos princípios organizativos do SUS entre eles a descentralização político-administrativa e o controle social. Um dos grandes desafios que se impõe atualmente nesta lógica de gestão está o fato de que a responsabilidade pelo financiamento não veio na mesma proporção a essa descentralização. A aprovação da emenda constitucional 29 sem o comprometimento da União com 10% da sua arrecadação para a saúde foi uma grande derrota para os defensores do SUS em âmbito nacional, levando à não vinculação de recursos da União para a saúde levou a uma retração paulatina dos recursos da União para a saúde aumentando as dificuldades históricas de recursos para esse setor.
A manutenção da indexação da despesa da União com a saúde pela variação do PIB do ano anterior revela uma tragédia com difícil visão de uma luz ao fim do túnel, afinal como estabelecer a saúde como prioridade sem a mesma ser uma prioridade orçamentária verdadeira ?
Por outro lado a definição do conceito do que se considera “gasto em saúde” foi bastante positiva, pois eliminamos o viés de pseudo gastos orçamentários em saúde em ações como por exemplo: merenda escolar, coleta de lixo, saneamento, construção de restaurantes populares e etc.
Da forma como foi aprovada a EC29 é permitido avaliarmos que a União só aumentará gasto em saúde quando houver crescimento econômico o que denota que não haverá aumento do gasto relativo.
Melhorar a gestão dos recursos também é um desafio para uma melhor gestão do SUS porém, para se resolver problemas de gestão serão necessários maiores investimentos em capacitação, tecnologia, recursos humanos e etc.
Outro desafio é a enorme dificuldade financeira que Estados e municípios passam não os permitindo cumprir sua função diante dos gargalos de gestão do SUS. A Constituição