Desafio de filosofia
A invenção da infância Em tempos de grandes mudanças, discutir sobre a infância é um processo que exige muita reflexão. As origens latinas conceituam a infância como ausência de fala. Assim a imagem que se tinha da infância era de um indivíduo passivo e mudo que sofria por não poder expressar suas emoções. Percebemos então que a infância era caracterizada somente pelo seu aspecto biológico. Para efetuar esse estudo (da origem da infância e suas atribuições), recorremos a Philippe Ariès que em sua obra clássica, História Social da Família e da Criança, identifica os sinais da emergência do sentimento de infância. Destaca-se em sua obra o fato de não existir o sentimento de infância durante o Antigo Regime na Idade Média. Desde a Idade Média postulava-se uma conceituação de números onde não somente o nome do indivíduo era carregado consigo, mas uma numeração que o seguia até sua extinção, morte. Destacava-se o número 7 que descrevia uma idade inicial onde o indivíduo desde seu nascimento tinha um período de “não fala”, que durava até os sete anos de idade. Neste período então denominado de infância, o ser não dominava sua linguagem, não possuía um esquema