Leitura nas univercidades
Teberosky e Cardoso (1993) advertem que a sociedade urbana contribui, em muito, para que os conhecimentos lingüísticos ocorram por meio de recursos como out-doors, televisão, jornais, entre outros meios de comunicação, o que demonstra que a escrita e a leitura não estão restritas à atividade escolar.
Ler é uma habilidade que faz parte do nosso dia-a-dia, entretanto, por mais comum que possa parecer a realização de uma leitura, essa tarefa não é tão simples como pode ser julgada. A leitura pode ser sinônimo de apenas decifrar os signos do alfabeto, juntar as palavras e sentenças e esse tipo de leitura é suficiente para que haja o mínimo de comunicação entre as pessoas. Porém, dentro de uma visão mais abrangente, ler significa, fundamentalmente, compreender o que foi lido. Não basta somente decodificar, é preciso que o leitor se contextualize e atribua significado à sua leitura. Quando um leitor atinge esse nível de compreensão é considerado fluente ou proficiente, desde que também sejam agregadas outras habilidades relevantes, tais como, a velocidade, a criticidade, a criatividade e a motivação
(Kopke Fº, 2001; Santos, 1990a; Vicentelli, 1999).
Atualmente, embora haja a preocupação crescente com o desenvolvimento dos conhecimentos relacionados à leitura, a produção sobre o tema ainda é muito pequena. Com a preocupação de levantar a produção de pesquisas sobre leitura, Witter (1997) fez uma análise do Annual Summary of Investigations Relating to Reading –
(Summary) e comparou com a produção brasileira, concluindo que no Brasil há poucas pesquisas sobre leitura. A autora atribui a escassez de pesquisas à falta de incentivos, de cursos específicos e de