Deriva continental
Imagem: NOAA/NGDC Serviço de Informação por satélite
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Surfando em lava quente
Nunca pense que a terra firme é firme. Os continentes nunca estiveram, nem estão parados. Movimentam-se imperceptivelmente, numa escala geoológica de tempo, contada em milhões de anos. O movimento é muito lento e contínuo. Os continentes são como jangadas flutuando num viscoso mar de lava incandescente.
Foto: Bryan Laury
movimento dos continentes é conhecido como Deriva Continental e o mecanismo causal é chamado de Placas Tectônica. Nós, no Acre, somos passageiros da Placa da América do Sul. Há mais de 60 milhões de anos, na época da extinção dos Dinossauros, a America do Sul e a África começaram a sua separação. Antes, não havia Oceano Atlântico e os rios amazônicos drenavam suas águas para o Oceano Pacífico. Também não havia surgido ainda a Cordilheira dos Andes. A América do Sul ficou um continente isolado, cercado por oceanos, durante milhões de anos. Não havia surgido o Istmo do Panamá. America do Sul e América do Norte eram terras isoladas.
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Dessa forma, a parte sul do “continente” desenvolveu características próprias. O tatu, o tamanduá e as preguiças, são amostras características de nossa fauna. O isolamento foi quebrado pela chegadas ocasional de novas formas de vida. Um desses grupos é representado hoje pelos roedores “caviomorfos” – a Paca, a Cutia e a Capivara são os mais conhecidos. Os primeiros “caviomorfos” chegaram à America do Sul há mais de 30 milhões de anos. Posteriormente, há 25 milhões de anos, teriam chegado os macacos que, como os roedores, acredita-se são originários da África. Devem ter chegado passivamente, em balsas de árvores que cruzaram o Atlântico em formação.
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As Placas Tectônicas
Imagem: Person Education Inc./Benjamin Cummings
Tanto os roedores como os macacos se deram bem na América do Sul. Essa é uma das razões da nossa biodiversidade. No Acre, podemos encontrar, entre outros, o menor macaco