dependencia
Exegese é diferente de hermenêutica – Esta trata dos princípios e normas da interpretação, aquela da prática da interpretação, dos passos concretos dados no trabalho interpretativo. Pode-se dizer que exegese está para hermenêutica assim como prática está para teoria. Exegese é prática hermenêutica ( interpretativa), pela aplicação dos princípios e normas da ciência hermenêutica (teoria).
Exegese se distingue de teologia – A boa teologia é aquela feita a partir de conceitos extraídos dos textos bíblicos. Exegese, embora distinta de teologia, não se dissocia desta; pois exegese é necessária, mas não suficiente. Em termos ideais, o exegese deveria ser também teólogo, para que seu trabalho de interpretação esteja completo.
Entendemos exegese como ciência, que tem objeto e método próprios. Seu método por excelência é o histórico-crítico, do qual falaremos adiante. Exegese não é ciência apenas bíblica. Pois todo texto precisa de interpretação: o jurídico, o literário, o filosófico etc.
Exegese é também arte. Exegese, esta só se aprende mesmo fazendo, ou seja, com a experiência, com a colocação em prática da ciência e da arte exegéticas. Exegese é análise detalhada de um texto sob vários ângulos a fim de extrair dele sua mensagem, importante é a distinção entre exegese(condução para fora) e eisegese (condução para dentro). A propósito, vale ressaltar que cada texto bíblico tem um sentido único. Seu sentido é aquele intencionado pelo autor, ao qual todos os intérpretes devem procurar chegar. Para isso, é preciso respeitar a voz do texto: sua perspectiva, sua mensagem, suas demandas. Exegese precisa levar em consideração a enorme distância temporada/histórica (em alguns casos, também espacial/geográfica) e, sobretudo, cultural que existente entre os textos bíblicos e nós, pessoas de outra época e cultura.
Exegese precisa contar com o auxílio de várias ciências humanas. Isto é assim porque a distância que há entre a Bíblia e nós não pode ser