Dentição equinos
Resumo: Embora a estimativa da idade dos equinos através do exame dentário tenha atualmente uma aplicabilidade limitada, continua a ser a melhor forma de conhecer a idade na ausência de provas documentais. Depois da descrição de aspectos relativos à estrutura, tipos de dentes, fórmula dentária e evolução dentária dos equinos, os autores resumem a cronologia dos eventos observáveis no exame dentário principalmente da arcada inferior dos equinos, ilustrando-a com imagens de arcadas de animais em que se estimou a idade tendo em consideração os aspectos descritos.
Introdução
O conhecimento da idade dos animais é natural¬mente importante para adequarmos o seu acompanha¬mento e perspectivarmos a sua utilização futura. Se num animal criado para fins exclusivamente produtivos a idade nos dá uma noção eminentemente económica do que ainda podemos esperar dele, já num animal de companhia e/ou lazer a idade é uma indicação precisa dos cuidados especiais a ter em cada fase da sua vida, de modo a podermos usufruir dessa relação durante o maior período de tempo possível. Em termos práticos, a idade implica uma variação do valor comercial do animal, assumindo assim uma importância decisiva na determinação do valor da sua transacção.
Os dentes são os órgãos que melhor registam a pas¬sagem do tempo, constando o seu exame do reconheci¬mento dos tipos de dentes incisivos presentes e do seu estado de erupção e desgaste (ou usura). O exame dos dentes continua a ser o método mais utilizado para, de uma forma expedita e barata, estimar a idade dos equi¬nos. Naturalmente, com a sofisticação crescente das metodologias de identificação e registo dos animais, a avaliação da idade através deste método tende a perder alguma aplicabilidade. No entanto, será sempre uma forma de recurso na ausência de provas documentais, ou quando surjam dúvidas relativamente à sua auten¬ticidade.
O exame da dentição não é todavia o único meio de estimar a idade. O aspecto geral