Densitometria Mineral Ossea
RESUMO
O objetivo desta revisão foi reunir as informações relevantes na literatura sobre os temas: tecido ósseo, validações e limitações da absortometria de raio-X de dupla energia. Para tanto, foram analisados estudos nacionais e internacionais indexados no banco de dados PubMed, Lilacs e Nuteses. Os aspectos discutidos foram: maturação do tecido ósseo, tecido ósseo em diferentes populações, impacto de programas de intervenção sobre o tecido ósseo, absortometria de raio-X de dupla energia, bem como suas validações e limitações. A partir dos dados encontrados na literatura, algumas constatações podem ser realizadas. A densidade mineral óssea se modifica durante as diferentes fases da vida, infância, adolescência, idade adulta e terceira idade; pode ser influenciada, além da idade, pela etnia, sexo, fatores genéticos e estilo de vida. Fica evidente, tanto para a saúde quanto para os aspectos sociais e econômicos da sociedade, a importância do monitoramento da densidade mineral óssea. Neste sentido, vários estudos confirmam a validade da absortometria de raio-X de dupla energia para a mensuração da composição corporal (osso, gordura e músculo). No entanto, em estudos mais recentes, porém escassos, são evidenciadas algumas limitações no uso da absortometria de raio-X de dupla energia, que afetam a sua acuracidade. Desta forma, verifica-se a necessidade de novos estudos que tratem do assunto, com o objetivo de definir, claramente, até que ponto a utilização deste aparelho pode ser feita de forma acurada.
INTRODUÇÃO
O tecido ósseo, assim como outros tecidos, apresenta um processo maturacional desde as primeiras semanas de vida embrionária até a idade adulta. Na infância e adolescência, a formação óssea ocorre de maneira mais acentuada e, na idade adulta, o organismo alcança o pico de massa óssea, definido como o valor máximo de massa óssea atingida antes do início de sua perda. A