Denotação e conotação
É o emprego de palavras no seu sentido próprio, comum, habitual, preciso, aquele que consta nos dicionários. A linguagem denotativa é basicamente informativa, ou seja, não produz emoção ao leitor. É informação bruta com o único objetivo de informar. É a forma de linguagem que lemos em jornais, bulas de remédios, em um manual de instruções etc.
Por isso, a palavra literária é conotativa, é uma linguagem carregada de emoções e sons. Isto fica evidente em momentos da crônica Notícia de Jornal de Stanislaw Ponte Preta: "João José Gualberto, vulgo Sorriso, foi preso na madrugada de ontem, no Beco da Felicidade, por ter assaltado a Casa Garson, de onde roubara um lote de discos. (…)"
Quando o emissor busca objetividade de expressão da mensagem, utiliza a linguagem denotativa, com função referencial. As palavras são empregadas em sua significação (usual, literal, real), referindo-se a uma realidade concreta ou imaginária.
A denotação é encontrada em textos de natureza informativa, como textos jornalísticos ou científicos, visto que o emissor busca informar objetivamente o receptor.
| EXEMPLOS A fera devorou a presa.
Amélia matou a cobra na soleira da porta.
Aninha é uma ladra perigosa.
Eu vim sem atenção e chutei o pau da barraca. Beth comeu todo o doce que fiz para a festa.
O gato subiu na árvore.
A corda não aguentará o peso dele.
A menina arrancou a flor do jardim.
Reformamos a sala de jantar.
Pintei a cara de minha irmã. |
2 - Conotação – A conotação remete para as ideias e as associações que se acrescentam ao sentido original de uma palavra ou expressão, para completá-las ou precisar a sua correta aplicação num dado contexto. Por outras palavras, tudo aquilo que podemos atribuir a uma palavra para além do seu sentido imediato e dentro de certa lógica discursiva entra no domínio da conotação.
É comum na literatura brasileira os autores