Deja vu
Folhas de Outono
Hora Marcada
Prólogo
Sua consciência despertou primeiro, um pouco confusa. Então seus sentidos vieram à tona, e ela sentiu cheiro da grama roçando seu nariz. Em seguida seu corpo acordou, quando a forte onda de calor que emanava do chão ardeu na pele exposta de seu rosto. Finalmente Sam abriu os olhos, e sua visão demorou alguns segundos para se acostumar com a luz forte e brilhante do sol. Seu corpo dolorido latejava dos pés a cabeça, especialmente na perna esquerda. Ela decidiu situar-se antes de tentar levantar, arrancou um pedaço da grama, observando-o atentamente. Lembrou-se de uma aula Dias quentes como aquele sempre a deixaram muito desconfortável, com dores de cabeça e leves quedas de pressão que a faziam sentir-se tonta. Era assim que ela se sentia naquele momento, mas não era apenas pelo calor de 32• que fazia naquela tarde de verão. Ela olhou em volta para ver onde estava, e o que viu a fez lembrar-se do acidente que sofrera. Estava em um barranco de um acostamento, de onde havia rolado até ser parada por montes de terra que estavam na descida íngrime. Olhou para cima em direção à rodovia e viu a cerca de ferro destruída. Seguiu com os olhos as marcas de pneu, que iam além da sua visão, para trás de outro montante maior de terra. Ela levantou-se devagar, procurando ferimentos pelo corpo. Encontrou um pequeno e profundo corte na perna direita, arranhões nos dois braços e muita dor no pulso esquerdo. Mas pela gravidade do acidente, ela sabia que poderia ter se machucado muito mais. De pé, ela conseguiu ver o carro. Deu alguns passos mancos em direção a ele, quando ouviu gemidos atrás de si. Virou e mudou de direção, seguindo a voz masculina que ouvia. O]Os gemidos logo se transformaram em gritos e pedidos de socorro. Havia poucas árvores por perto, mas muito matagal, e ela teve dificuldade de avançar mato à dentro. Mancando e empurrando com as mãos o capim que ia até a altura de sua cintura, ela encontrou deitado no chão o