Degeneração e regeneração do tecido nervoso
Degeneração e Regeneração do Tecido Nervoso
Como os neurônios dos mamíferos geralmente não se dividem, a destruição de um neurônio representa uma perda permanente. Seus prolongamentos, no entanto, dentro de certos limites, podem regenerar-se devido à atividade sintética dos respectivos pericários. Por isso os nervos se regeneram, embora com dificuldade. Quando uma célula nervosa é destruída, as que a ela se ligam nada sofrem, exceto nos raros casos em que um neurônio recebe impulsos exclusivamente de outro. Neste caso, o neurônio que fica completamente privado de impulsos de impulsos nervosos, pela destruição do outro, sofre a chamada degeneração transneuronal. Ao contrário dos elementos nervosos, as células da glia do SNC (Sistema Nervoso Central), e as do Sistema Nervoso Periférico (células de Schwann e células satélite dos gânglios), são dotadas de grande capacidade de proliferação. Os espaços deixados pelas células e fibras nervosas do sistema nervoso central destruído por acidente ou doença são preenchidos por células da neuroglia. Devido à sua distribuição por todo o corpo, as lesões dos nervos não são raras. Quando um nervo é seccionado, ocorrem alterações degenerativas, seguidas de uma fase de reparação. Num nervo lesado deve-se distinguir a parte da fibra que, pela lesão, desligou-se do seu neurônio (parte distal) e a parte que continua unida ao neurônio (parte proximal). O segmento proximal, por manter contato com o pericário, que é o centro trófico, freqüentemente é regenerado, enquanto o segmento distal degenera totalmente e acaba por ser reabsorvido.
Degeneração Walleriana
A degeneração axonal é o resultado de destruição primária do axônio, com desintegração secundária da sua bainha de mielina. A lesão do axônio pode advir de um evento focal que ocorre em algum ponto ao longo da extensão do nervo (como um traumatismo ou mesmo um