Definições gerais da Primeira Idade Média

O trabalho a seguir irá procurar abordar as condições de existência, de produção e da estrutura social, como foi pedido pelo professor Mário Jorge, dentro do recorte de tempo da Primeira Idade Média.
O começo da Idade Média (Primeira Idade Média) foi marcado pela lenta queda do império romano e pela invasão gradual dos povos germânicos no território que até então pertencia ao Império Romano. A fome era um problema que afetava boa parte de quem viveu nesse período: com o esfacelamento do Império Romano, o aparelho estatal que promovia a importação de alimentos (entre regiões do império e regiões fora dele), não existia mais.
Graças a essa dificuldade em conseguir alimentos em outras regiões, cada região procurava produzir tudo que necessitava. Uma população que vive de produtos e alimentos unicamente produzidos em uma só região, vive com grande insegurança, já que basta poucos anos ruins, com colheitas abaixo do esperado, para que a mortalidade daquela região aumente bastante.
Já não bastasse a fome, as epidemias eram outro grande problema. As pestes eram um grande problema, principalmente para a população do litoral mediterrâneo, já que o grande deslocamento de soldados e comerciantes, levava as epidemias de porto a porto.
Com a dificuldade de se conseguir alimentos de outras regiões e com epidemias assolando parte da população, não é estranha a constatação de que este primeiro período da Idade Média constatou um recuo populacional.
Em uma sociedade onde o peso da mão de obra é tão decisivo na produção, não é de se estranhar que em um período de recuo populacional, a produção tenha sofrido muito com isso. Percebe-se ai um ciclo, com a quantidade relativamente baixa de mão de obra, os rendimentos também eram precários, o que só reforçava a pobreza demográfica.
Ainda existiam as pequenas e médias propriedades de terra nesse tempo, porém a tendência era essas propriedades serem absorvidas por grandes propriedades, conhecidas como domínio. Nestes domínios,