Defini Es Acerca Do Belo
A primeira definição levantada por Hípias é a de que uma bela virgem é bela, e isso seria correto pois todos pensam dessa mesma forma. No entanto, Sócrates contesta essa definição pois ela julga pelo caráter particular de cada “objeto” (a virgem, o pote, ou o macaco) e o belo não pode ser tomado a partir de uma particularidade, pois seria também relativo. Com base nesse pensamento, por exemplo, ele diz que “O mais belo dos macacos é feio se comparado à raça humana”.
A segunda questão é a definição de que o ouro é o belo. Novamente, no entanto, Sócrates contesta baseado na estátua de Atenas-que é bela-, feita por Fídias e que foi feita de marfim, e não ouro. Eles iniciam após isso, uma terceira definição de belo, que seria aquilo que é apropriado. Sócrates usa o exemplo de alguém fervendo um pote com sopa e que neste caso, a colher de madeira da figueira seria mais apropriada e, portanto, mais bela que uma colher de ouro.
Sócrates após tantas contestações vai definir, em outro momento, que o belo é tudo aquilo que é útil. Desta forma, aquilo que não é útil, ou seja, inútil, não é belo. (Ex: os olhos são belos quando se mostram capazes e úteis à visão). Então qualquer coisa capaz de realizar alguma coisa, é útil. Concluindo assim que, a capacidade é bela e a incapacidade é feia. O belo relaciona-se dessa forma com o benéfico e, portanto, o belo pode ser entendido como aquilo que é benéfico.
Não se sentindo satisfeito após tantas definições, Sócrates levanta uma nova “teoria” definindo que o belo é aquilo que nos faz sentir prazer através da visão e audição, e tudo aquilo que não for prazeroso nessa esfera, consequentemente não será belo. Avançando para o fim do diálogo entre Sócrates e Hípias, Sócrates termina dizendo que tal conversação entre ambos foi benéfica, mas chega à conclusão de que “aquilo que é belo é difícil”.