Deficiência Física
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 BREVE HISTÓRICO SOBRE A DEFICIÊNCIA
Ao decorrer dos anos o conceito de deficiência foi se modificando, possibilitando determinada evolução histórica, não somente em seu conceito, mas também na maneira de enxergar o deficiente, refletindo, portanto, na inclusão social.
É preciso esclarecer que as sociedades são realidades vivas e, portanto, dinâmicas, sempre sujeitas a tensões e ajustes que tentam lidar com os problemas concretos e históricos que lhes são pertinentes, inclusive com as questões relativas ao poder e a desigualdade. Mas nos importa repensar a grande carga simbólica atribuída às pessoas portadoras de algum tipo de deficiência, e que só pode ser dada pelo aspecto cultural (MACEDO, 2008).
Observa-se que o momento histórico influenciava na possível aceitação ou não do portador de deficiência, podendo este ser trancafiado em sua própria casa ou até ser eliminado, ou ainda ser aceito e ser incluso na sociedade.
Podemos realizar uma cisão da forma de tratamento a estes indivíduos seguindo a própria divisão histórica.
Na história Antiga e Medieval, por exemplo, o deficiente era tratado de duas formas ou com rejeição, chegando até a eliminação, ou ainda poderia ser tratado com caridade, de forma assistencial. Há relatos de que a nobreza na Roma Antiga, sacrificava seus próprios descentes que nasciam com alguma formação diferente. Em Esparta, os bebês e as pessoas que adquiriam alguma deficiência eram lançados ao mar ou em precipícios, para o sacrifício. Já em Atenas, influenciados por Aristóteles – que definiu a premissa jurídica até hoje aceita de que “tratar os desiguais de maneira igual constitui-se em injustiça” – os deficientes eram amparados e protegidos pela sociedade (SILVA, 1987).
Ainda de acordo com Silva (1987), mesmo sem muitos relatos deste período, é constatado que sempre existiram na história indivíduos com algum tipo de limitação física, sensorial ou cognitiva.
Já a partir de 2.500 a.C.