Deficit de Oxigênio Acumulado e Produção de Energia Anaeróbia
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Revista Treinamento Desportivo / 2006
Volume 7 • Número 1 • Página 87 a 92
Deficit de Oxigênio Acumulado e Produção de Energia Anaeróbia
Accumulated Oxygen Deficit and Anaerobic
Energy Release
VICTOR MACHADO REIS1,
LAURA GUIDETTI2,
ANTONIO J OSE SILVA1,
ANDRÉ LUIZ CARNEIRO1,3,
CARLO BALDARI2
1
Departamento de Ciências do Desporto da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real,
Portugal.
2
Department of Health Sciences - University Institute of Motor Sciences, Roma, Italy
3
Instituto de Ciências Biológicas das Faculdades Unidas do Norte de Minas, Montes Claros, Brasil.
RESUMO
O objectivo deste trabalho é apresentar uma breve resenha histórica da utilização do DefO2Ac como indicador da produção de energia anaeróbia e analisar os pressupostos em que se baseia o método de estimativa deste indicador. Este método tem sido usado desde o final da década de 1980 para avaliar a aptidão anaeróbia de esportistas e possibilita a estimativa do Deficit de Oxigênio Acumulado em esforços de intensidade supramáxima. O método requer a estimativa prévia do custo energético total no esforço em causa. Este é calculado por extrapolação do custo energético observado em vários esforços de intensidade submáxima. A teoria que suporta o método é relativamente simples, mas os pressupostos em que se baseia não são fáceis de comprovar. Os pressupostos do método são os seguintes: i) estimativa do custo energético submáximo pela relação entre consumo de oxigênio e intensidade; ii) estimativa do custo energético supramáximo por extrapolação linear do custo energético submáximo; iii) estabilidade do custo energético submáximo durante o esforço. Não obstante existir alguma controvérsia acerca da validade do método, a verdade é que até agora nenhum autor apresentou uma metodologia alternativa que dispensasse tais pressupostos e demonstrasse uma validade aceitável.
Palavras-chave: