Debret, o Neoclassicismo e a Escravidão

Debret, o Neoclassicismo e a escravidão
Quase todos os elementos que caracterizaram o pensamento neoclássico na França aparecem no nome dado por Debret, artista da corrente artística liderada por David. Debret foi o primeiro pintor estrangeiro a se dar conta do que havia de postiço e enganoso em aplicar o sistema do neoclassicismo. Thomas Ender e Johann Moritz são alguns artistas que estiveram no Brasil na mesma época de Debret no que ficou conhecido como Missão
Francesa. Esses companheiros fizeram obras documentais, de aspecto estético. Debret vai além disso e enfatiza o meio aspectivo do Brasil, como na aquarela “le premier élan de la vertu guerrière”. A estrutura da sociedade brasileira não tinha nada em sintonia com a situação européia e isso tornou a obra dessa missão pouco aproveitável.
François Boucher foi um dos últimos grandes representantes do Rococó e Jacques-Louis David que foi o principal impulsionador francês do neoclassicismo, de quem Boucher foi o primeiro professor, agora crítico severo da arte barroca e do rococó.
Jean-Baptiste Debret foi o primeiro filho do casal e se inclinou para a arte do mais jovem dos primos,
David. Logo que terminou os estudos, entrou para o ateliê do pintor e logo depois teve uma oportunidade. David convidou Debret para acompanhá-lo em Roma. Debret auxilia na realização de "O
Juramento dos Horácios" e após o retorno a Paris, Debret dirige por quinze anos o ateliê de David.
Debret ganha o segundo prêmio do concurso para a escolha de pensionistas para a Roma. O quadro se chama "Regulus voltando a Cartago" e a escolha do tema deve ter sido decisiva a participação de David.
Alguns anos antes, David foi para atender a encomenda do rei "A Vingança do Coriolano" e o de
"Regulus voltando a Cartago" mas David não fez nenhum e Debret tomou o trabalho do mestre como base, pois a da filha de Regulus implorando para que não parta é praticamente idêntico e também a esposa que desfalece á direita. Os laços de amizade e de família