De sócrates aos céticos
Apesar de ser considerado um homem sábio por muitos de sua época Sócrates reconhecia sua própria ignorância, por isso vivia cheio de duvidas. Filho de um escultor e uma parteira, viveu em Atenas, no século V a.c., no mesmo período dos sofistas e teve muitos conflitos ideológicos com eles. Sócrates dizia que os sofistas não eram filósofos, pois eles não tinham amor à sabedoria nem respeito pela verdade, defendendo qualquer ideia se isso lhe fosse vantajoso. Acusava-os de corromper o espírito dos jovens, pois faziam o erro e a mentira valer tanto quanto a verdade. Sócrates propunha que antes de conhecer a Natureza e antes de querer persuadir os outros, cada um deveria conhecer-se a si mesmo e por fazer do auto-conhecimento ou do conhecimento que os homens têm de si mesmo a condição de todos os outros conhecimentos verdadeiros, é que se diz que o período socrático é antropológico, ou seja, voltado para o conhecimento do homem, particularmente de seu espírito e de sua capacidade para conhecer a verdade (CHAUÍ, M.; 2002, p.37). O filósofo nada deixou escrito, ficando a cargo de seus discípulos repassarem suas ideais. Alguns estudiosos dizem que isso ocorreu como parte do seu método proposto que exigia de cada um o auto-conhecimento, que só poderia ser descoberto por meio do diálogo constante e das trocas de ideias. O único grande conhecimento que admitiu possuir, em certo momento, foi a arte de perguntar. Desse modo empregando o diálogo, Sócrates tornou-se o primeiro pensador ocidental que acreditou radicalmente no poder de conversação, para atingir um conhecimento essencial e verdadeiro sobre as coisas. Sócrates compara seu método dialógico (a investigação que leva ao conhecimento, a ironia) à profissão de sua mãe, que era parteira, ou seja, com isso ele denominava seu próprio método, pelo nome de “Maiêutica” que significa “Parteiro de almas” que é a arte de ajudar a da a luz. Desse modo Sócrates começa a expor a analogia que