Ceticismo 2
O ceticismo moderno surgiu no século XVI em meio à crise do fim da idade média e o inicio dos tempos modernos. O termo “cético” não foi usado na Idade Média e foi inicialmente apenas transliterado do grego.
Uma diferença notável entre o ceticismo moderno e o antigo é que enquanto o cético antigo procurava viver de acordo com seu ceticismo, o cético moderno faz uma diferença entre a dúvida e a verdade. Os céticos modernos em geral aceitam que evidências objetivamente demonstradas e comprovadas por diferentes fontes são suficientes para dar credibilidade a uma proposição. O ceticismo moderno, portanto, não deve ser entendido como a apologia da dúvida, pelo contrário, o cético preza tanto a certeza que está disposto a esperar o tempo que for necessário por ela.
Talvez se possa distinguir, no período moderno, três formas principais de ceticismo:
Primeira, uma atualização do ceticismo grego, feita por Michel de Montaigne e, posteriormente, por Pierre Bayle, na qual a razão se perde ao defender os dois lados de uma questão, sem decidir-se por qualquer um deles.
Segunda, o ceticismo cartesiano que se caracteriza por sua dúvida universal e pela pretensão de por em xeque todos os nossos conhecimentos de uma vez só a partir de uns poucos argumentos gerais, mas supostamente devastadores.
Por fim, o terceiro, foi um ceticismo elaborado por David Hume a partir de sua ciência da natureza humana. Hume teria inventado uma forma exatamente original de ceticismo. Ao investigar a mente humana, Hume mostraria como esta funciona de modo imperfeito e, mesmo contraditório, já que nossas crenças mais básicas estariam repletas de passos ilegítimos.
O ceticismo costuma dividir-se em duas grandes correntes:
Ceticismo filosófico – Examina-se de forma crítica se o conhecimento e percepção que