De Sarney A Dilma
Da Redação | 30/12/2010, 12h30 - ATUALIZADO EM 19/02/2015, 18h18 Tweetar
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[foto: Agência Brasil]
Agência Senado
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A promulgação da Constituição de 1988 é o principal marco da redemocratização do Brasil.
Sarney, Collor, Itamar, FHC e Lula. Esses cinco homens são referência da redemocratização brasileira ocorrida a partir de 1985 e consolidada com a Constituição de 1988. Nos 25 anos pós-ditadura militar, o Brasil passou de uma inflação de 2.500% ao ano a uma moeda estável, abriu-se à globalização e, por fim, começou o processo de distribuição de renda que tem conseguido tirar da pobreza milhões de brasileiros.
A partir da "abertura lenta e gradual" do Regime Militar em direção à democracia, iniciada no final dos anos 70, diferentes fases foram sendo vencidas, a começar pela retomada da prática eleitoral do voto direto em todas as eleições, no governo Sarney. Em três dos cinco anos de seu governo houve eleições. Ganharam mandatos deputados e senadores constituintes e governadores (1986), prefeitos (1988), e presidente (1989).
Na avaliação do cientista político David Fleischer, doutor na área de Estado e Governo, a segunda metade da década de 80 teve outros importantes marcos da redemocratização: foi consolidado o multipartidarismo, houve a legalização dos partidos comunistas, foi convocada a Assembleia Nacional Constituinte e promulgada a Constituição.
- Ao primeiro governo civil desde o golpe militar coube, é claro, o maior volume de mudanças que representavam a abertura política - avalia Fleischer.
O governo Sarney passou, continua o cientista político, por dois momentos distintos. Inicialmente, ele teria sido "muito tutelado" pelos militares. "Mas conseguiu se descolar dos interesses do antigo regime quando seu Plano Cruzado deu-lhe uma popularidade satisfatória", emenda David Fleischer.
O autor da coleção Edições Unilegis de Ciência Política, Otaciano Nogueira, chega a ver o governo de 1985 a