Ficha de Leitura O Cortiço
A obra em análise é o marco do Naturalismo Brasileiro; relembrando que essa escola objetivava comprovar as teses científicas por meio de suas personagens, por isso essas obras eram chamadas de romances de tese.
O Cortiço é um romance naturalista do escritor brasileiro Aluísio Azevedo publicado em 1890, que denuncia a baixa renda dos cortiços cariocas do final do século XIX.
Estilo
Barroquista, o autor usa de gestos denominados mimetismos, atribuindo as pessoas e coisas, adjetivos e ações de animais e plantas
Narrador
A obra é narrada em terceira pessoa, com narrador onisciente (que tem conhecimento de tudo), como propunha o movimento naturalista. O narrador tem poder total na estrutura do romance: entra no pensamento dos personagens, faz julgamentos e tenta comprovar, como se fosse um cientista, as influências do meio, da raça e do momento histórico.
O foco da narração, a princípio, mantém uma aparência de imparcialidade, como se o narrador se apartasse, à semelhança de um deus, do mundo por ele criado. No entanto, isso é ilusório, porque o procedimento de representar a realidade de forma objetiva já configura uma posição ideologicamente tendenciosa.
Tempo
Em "O Cortiço", o tempo é trabalhado de maneira linear, com princípio, meio e desfecho da narrativa. A história se desenrola no Brasil do século XIX, sem precisão de datas. Há, no entanto, que ressaltar a relação do tempo com o desenvolvimento do cortiço e com o enriquecimento de João Romão.
Tempo Psicológico
João Romão: pensador futurista, cem anos á frente.
João era muito ganancioso, seu projeto era se tornar o homem mais rico do bairro apenas construindo casinhas com