Dasein
Disciplina: Fenomenologia Daseinsanalyse II
Discente: Vanessa Aparecida da Silva Psicologia Integral – 7° período
Docente: João Bosco Batista
Análise do texto “Consciência, culpa e cuidado: Uma compreensão ético-ontológica de Ser e Tempo” de João Bosco Batista
O autor começa apresentando que em Ser e Tempo, Heidegger chegou à caracterização da constituição ontológica fundamental do ser-aí do homem como ser-no-mundo e, suas estruturas essenciais centradas na “abertura”. O Dasein é ser lançado, projetado no mundo. Ser-no-mundo indica inerência, relação constitutiva, a própria situação ontológica do homem. Não há homem sem mundo nem mundo sem homem. Assim, o homem se encontra inserido numa realidade da qual ele também é parte constituinte. Dito de outro modo, a realidade homem e mundo só existe em um envolvimento recíproco, eles coexistem. O ser-com é forma de ser-no-mundo. O Dasein é um ser relacional, é um ser que é no mundo e com os outros, outros Daseins e entes (por exemplo os objetos que o circundam).
O homem é um ser de abertura pois se abre aos entes, ao que se mostra, que se apresenta a ele. A característica básica do Dasein é sua abertura para perceber e responder a tudo aquilo que está na sua presença.
Da totalidade dessa estruturação extraiu-se o cuidado. Ao falar de cuidado, lembra-se o fato de que o homem em seu real ser-aí é um ser lançado na facticidade e na decadência. Somos seres desamparados ontologicamente, então buscamos o amparo nesse cuidado, nessa relação com o outro que possa nos trazer carinho, proteção.
O Dasein como ser lançado e abandonado no mundo, ser finito que precisa fazer escolhas enquanto existe, mas que não possui nenhuma garantia para seus atos e planos, experimenta a angústia. Essa angústia pode se revelar como poder-ser, no sentido de que, muitas vezes, ela pode nos movimentar. Há, ainda, a possibilidade de não conseguir lidar com essa angústia e tentar fugir dela