Das filosofias da história aos precursores da sociologia
“Na dinâmica filosófica da Idade Clássica, o século XVIII – chamado o Século das Luzes – celebra a razão”. (p. 45)
- Após um período de séculos de obscurantismo e ignorância, onde a sociedade era dividida em primeiro lugar vinha o clero, em segundo a nobreza, em terceiro a burguesia e os trabalhadores da cidade e do campo, surge uma nova era, o Iluminismo ou Século das Luzes, na Europa durante o século XVII, que defendia o uso da razão como o melhor caminho para se alcançar a liberdade, a igualdade e fraternidade. Defendia ainda o domínio da razão sobre a visão teocêntrica, que desde a Idade Média dominava a Europa. Os iluministas criticavam o autoritarismo, e apresentavam uma nova organização social visavam ideias que revolucionariam a vida em sociedade.
“Como percorrer o caminho complexo e caótico que leva do espírito das Luzes aos precursores da sociologia? Para seguir este trajeto, é necessário primeiro observar que as Luzes se conjugam com progresso (são as filosofias da história), organização racional (Montesquieu) e voluntária (Rousseau) da sociedade”. (p. 47)
- No Iluminismo, acreditava-se que as ideias de crenças, presságios, domínios poderiam ser substituídos pela ideia de razão e conhecimento. Para Kant, em sua obra A Ideia de uma história universal do ponto de vista cosmopolítico, sugere a ação de um plano secreto da natureza, em sua época esse pensamento cresce ainda mais com o Iluminismo, propondo que os propósitos do Estado já não sustentavam o progresso e nem os indivíduos. O Iluminismo traz a expectativa de que a razão pudesse desvendar, depois de várias revoluções e transformações, levando a excelência, o código que organiza a ordem da natureza e do gênero humano. A expressão “As filosofias da história” foi usada por Voltaire no século XVIII, com o intuito de revelar o pensamento histórico crítico em questão do sentido, da finalidade da história.
“Nas grandes sínteses de