A explicação de Darwin A existência de fósseis sugeria que organismos diferentes tinham habitado a Terra no passado. Darwin, assim, começou a suspeitar que a evolução pudesse ter alguma semelhança com a seleção artificial, processo em que o ser humano seleciona para a reprodução espécies animais e vegetais com características desejáveis e despreza as demais. Com o processo de seleção poderia ter ocorrido na natureza sem a intervenção humana? A resposta que Darwin procurava veio após ele ler um livro de Thomas Malthus sobre populações. Nesse livro, Malthus afirmava que as populações tendem a crescer em progressão geométrica (ou seja, rapidamente), mas os recursos para sustentar essa mesma população crescem em progressão aritmética. Isso levaria a uma futura escassez de recursos (alimento, espaço, etc). Dessa maneira, Darwin concluiu que nem todos os organismos conseguem sobreviver perante essa falta de recursos e somente os indivíduos com mais oportunidades e com características apropriadas seriam capazes de sobreviver as condições ambientes, conseguindo deixar descendentes férteis. Nessa perspectiva, as características favoráveis tendem a ser preservadas e as desfavoráveis destruídas. Darwin denominou isto de seleção natural. Ele defendia a ideia de que as populações se diferem gradualmente, ao decorrer de muitas gerações, resultando na diferenciação das espécies. As baleias, por exemplo, surgiram da demorada evolução de mamíferos terrestres, em um processo que levou aproximadamente dez milhões de anos. Todavia, em certas espécies essa transformação pode ocorrer muito mais rápida. Assim, em 1859, Darwin publicou tais ideias no livro A origem das espécies por meio da seleção natural. O livro provocou intensas discussões, pois na época era difícil de se aceitar que as espécies não foram criadas de uma forma definitiva.
Exemplo da seleção natural com a evolução do ser humano ao longo dos anos.