DanielMillerEnsaio
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Ensaio sobre:Consumo como cultura material
Daniel Miller
Daniel Miller nasceu a 1954. Estudou em arqueologia e antropologia, na Universidade de Cambridge. Atualmente, trabalha na University College London, no departamento de antropologia.
É conhecido e, habitualmente, associado a estudos sobre a relação do Homem com as coisas e às consequências do consumo.
Este artigo teve como objetivo rever trabalhos sobre o consumo, e investigar as consequências específicas de pensar sobre o consumo como cultura material. Miller vai demonstrar varias maneiras pelas quais o consumo é visto por outros autores.
Inicialmente, segundo a maioria dos académicos e algumas perspetivas de economistas, o consumo é visto como oposição à cultura material, e consequentemente como perigo social e ecológico. No entanto, segundo Miller, tem havido pouco reconhecimento do quanto o crescimento do consumo pode ser um sinal de abolição da pobreza e desejo por desenvolvimento.
De seguida, Miller demonstra como outros autores, por exemplo Porter (1993), vêm o consumo como algo que se opõe à produção. Dentro desta visão temos comunidades que se regem por um individuo nunca consumir algo que ele próprio produziu. Ou seja, os objetos deviam primeiro ser envolvidos em trocas, criar relações sociais e apenas depois disto, serem consumidos. Visto que estes autores afirmam que consumir um objeto é “destruir o seu potencial de criar a sociedade”. Concluindo, a produção é associada com a criatividade, como por exemplo, ao exercício das artes e do artesanato, é considerada uma manufatura de valor. O consumo, por sua vez, está ligado à utilização de matérias-primas, energia e recursos naturais e, posteriormente, à sua destruição. Contrariamente a esta ideia, Miller mostra-nos que o consumo pode dar especificidade ao objeto, e criar relações, depois de o objeto ser retirado das suas condições anónimas e alienadas à produção.
Depois, deparamo-nos com uma categorização de consumo