Daltonismo
A dificuldade em percecionar a cor é um obstáculo social para 10% da população mundial, tendo maior incidência no sexo masculino. É irrefutável pensar que a cor é um meio de comunicação, transmitindo estados de espírito, avisos ou informações cruciais para a vivência em comunidade. Como tal, há uma grande pertinência em realçar as dificuldades dos daltónicos, como a escolha do vestuário, de forma a conduzir o mundo a um espaço de maior igualdade de oportunidades.
Para tal, nesta monografia, pretendeu-se aferir em que consiste o daltonismo e as suas especificidades e relacioná-las com os conteúdos lecionados em aula, de forma a explicitar a relevância social desta mutação e, assim, realçar as limitações e adaptações dos portadores da doença de forma a melhorar a sociedade atual.
O daltonismo ou discromatopsia ou discromopsia define-se como a incapacidade de diferenciar todas ou algumas cores. Esta doença deriva de uma mutação génica com perda de sentido.
Uma mutação é uma alteração permanente no genoma de um indivíduo. As mutações podem ter origem espontânea, sendo a probabilidade de ocorrerem 1 em cada 100000,ou induzidas por radiações ou devido à exposição a substâncias químicas. Estas alteram o genótipo, isto é, a constituição genética do indivíduo.
As mutações génicas ocorrem quando há uma alteração pontual ao nível dos nucleótidos de um gene. Estas podem ser silenciosas, se o codão mutado codifica o mesmo aminoácido, por o código genético ser reduntante, não tendo efeito sobre o fenótipo, isto é, a aparência do indivíduo. Se, por outro lado, durante a síntese proteica, a transcrição e posterior tradução da mensagem genética for diferente, sendo a proteína codificada