Daise
Brincar é indispensável á saúde física, emocional e intelectual da criança. Brincando, a criança experimenta, descobre, inventa, aprende e confere habilidades. Através do brincar, a criança desenvolve a linguagem, o pensamento, a socialização, a iniciativa e a auto-estima, preparando-se para ser um cidadão capaz de enfrentar desafios e participar na construção de um mundo melhor. O jogo e a brincadeira estão presentes em todas as etapas da nossa vida, tornando especial a existência. De alguma forma o lúdico se faz presente e acrescenta um ingrediente indispensável ao relacionamento entre as pessoas, possibilitando que a criatividade e a socialização aflorem.
O jogo e a brincadeira são por si só, uma situação de aprendizagem. As regras e a imaginação favorecem a criança uma conduta além das habituais. Ela reproduz muitas circunstâncias vividas em seu cotidiano, que através do faz-de-conta, são reelaboradas criativamente, enxergando novas possibilidades e interpretações do real.
Segundo Redin (2000): a criança que joga está reinventando grande parte do saber humano. Além do valor inconteste do movimento interno e externo para os desenvolvimentos físicos, psíquicos e motor, além do tateio, que é a maneira privilegiada de contato como mundo, a criança sadia possui a capacidade de agir sobre o mundo e os outros através da fantasia, da imaginação e do simbólico, pelos quais o mundo tem seus limites ultrapassados: a criança cria o mundo e a natureza, o forma e o transforma e, neste momento, ela cria e se transforma(p.64). O mundo da fantasia, da imaginação, do jogo, do brinquedo e da brincadeira, além de prazeroso também é um mundo onde a criança está em exercício constante, não apenas nos aspectos físicos ou emocionais, mas, sobretudo no aspecto intelectual. O jogo não é simplesmente um passatempo para distrair os alunos, corresponde a uma profunda exigência do organismo e ocupa lugar de importância na educação escolar.