Bauru: comércio sem limites
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
“JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO
CURSO DE MESTRADO ACADÊMICO
FACULDADE DE ARTES, ARQUITETURA E COMUNICAÇÃO
DÉBORA MARIA SVIZZERO BONI
BAURU: COMÉRCIO SEM LIMITES
O SURGIMENTO E DESENVOLVIMENTO DO COMÉRCIO NO ESPAÇO
URBANO DA CIDADE
BAURU
2014
2
Desde o surgimento e desenvolvimento das civilizações e sociedades, as atividades econômicas sempre tiveram lugar de destaque. Para se concretizar, o comércio necessita do fluxo de pessoas, mercadorias, idéias e mensagens, onde surgiu e desenvolveu-se de forma espontânea, no momento em que a sociedade atingiu certo grau evolutivo, tornando propicia a geração de excedentes, constituindo a base para a realização das trocas. É a partir dessa necessidade de encontro que surge o primeiro foco comercial, o lugar do mercado.
Em Bauru, o processo de implantação do comércio na cidade segue essa lógica.
A formação de cidades situadas no centro oeste paulista aconteceu em meados da segunda metade do séc. XIX, onde uma corrente de povoamento instalou-se no chamado sertão de Bauru, formada por pioneiros vindos de várias regiões, com destaque para os de Minas Gerais.
Foto 01: ocupação do Estado de São Paulo.
Por volta de 1880, a ocupação da região batizada por bairro de Bauru acelerava, sendo perceptível quando o café e a ferrovia fazem a articulação do território e a cidade,
3 favorecendo a urbanização por meio da “corrida para o Oeste”. (GHIRARDELLO,
2002).
A cidade foi formada à partir de doação de parte das terras da Fazenda das
Flores, em 1885, por Antônio Teixeira do Espírito Santo aos santos de sua devoção:
Divino Espirito Santo e São Sebastião de Bauru para a formação de um patrimônio para o arruamento urbano, com o nome de Bauru. (PELEGRINA, 1991).
Foto 02: mapa da 1º doação e sentido de povoamento.
Em 1888, o arruador Vicente Ferreira de Farias define o traçado inicial da cidade como uma imensa toalha xadrez