Daens
A expedição dava prosseguimento às navegações portuguesas, cuja intenção era disseminar a pregação da religião cristã por meio de missionários franciscanos. A missão da frota de Cabral reafirmava os dois sentidos orientadores da aventura das navegações portuguesas: o mercantil e o religioso.
Em 1532, o rei de Portugal anuncia o povoamento do Brasil por meio da criação das capitanias hereditárias. Esse sistema já havia sido utilizado com êxito nas possessões portuguesas das ilhas do Atlântico (Madeira, Cabo Verde, São Tomé e Açores). O Brasil foi dividido em 14 capitanias hereditárias, 15 lotes e 12 donatários.
Colonização
Entre os donatários não figuravam nomes da alta nobreza ou do grande comércio de Portugal. Somente a pequena nobreza, cuja fortuna se devia ao Oriente, que aqui aportou, arriscando seus recursos. Traziam nas mãos dois documentos reais: a carta de doação e os forais. No primeiro, o rei declarava a doação e tudo que implicava. O segundo era uma espécie de código tributário que estabelecia os impostos.
Nesses dois documentos, o rei praticamente abria mão de sua soberania e conferia aos donatários poderes amplíssimos. Aos donatários cabia a responsabilidade de povoar e desenvolver a terra à própria custa. O regime de capitanias hereditárias transferia a tarefa de colonizar o Brasil.
Entretanto, devido ao tamanho da obrigação e à falta de recursos, a maioria fracassou. No final, das catorze capitanias, apenas Pernambuco teve êxito, além do sucesso temporário de São Vicente. Quanto às demais capitanias, malograram e alguns dos donatários não só perderam seus bens como também a própria vida.
22.04.1500 A chegada dos portugueses
Expedição chefiada por Pedro Álvares Cabral, com dez naus, três caravelas e