Dadaísmo, a arte aleatória

Colégio Pedro II Campus Realengo II

Dadaísmo
A busca pela arte aleatória

''Arte é algo privado, o artista faz para si mesmo; um trabalho compreensível é o produto de um jornalista... Nós precisamos de obras que sejam fortes, precisas e eternamente além da compreensão.”
(Tristan Tzara)

Rio de Janeiro, Maio de 2013. sumário Introdução ao Dadaísmo

“Como tudo na vida, o dadaísmo é inútil.”
(Tristan Tzara)
O manifesto artístico dadaísta, originado no ano de 1916, em Zurique, na Suíça, atinge também com grande força a cidade de Nova York, nos Estados Unidos da América. Com isso, criam-se duas vertentes com propostas semelhantes, mas desenvolvimentos distintos deste fenômeno cultural. Apesar disso, ele não se contém apenas nestas duas cidades, atingindo com grande força locais como Berlim, Hanover, Colônia e Paris.
Assim como as correntes que seguem a ideia modernista, o dadaísmo visa romper com os ideais adotados pela sociedade da época. Com um caráter aleatório, infantil e satírico, essa vanguarda faz críticas tanto às ideias de arte, questionando sua proposta e seu sentido para a humanidade, quanto à política, em meio a Primeira Grande Guerra Mundial. Para isso, utiliza-se dos recursos anti-artísticos, promovendo uma arte ilógica, irracional, contraditória, não-estética e descartável.
Para eles, a arte havia traído a humanidade e por isso, era necessário um rompimento com a mesma. Além disso, o movimento se opunha com pessimismo às ideias futuristas que vigoravam, da crença na Guerra como algo que seria bom para a humanidade.

1. O Dadaísmo em Zurique

Durante a Primeira Guerra Mundial, diversos artistas migraram de seus países de origem, que eram afetados pela Guerra e foram parar na Suíça, território neutro em relação aos conflitos. Entre eles, estava Hugo Ball, escritor e performer alemão, que fora para a cidade de Zurique. É lá que, em 1916, ele abre, junto com Tristan Tzara, Jean Arp e Marcel Janco, o