Dadaismo
Um olhar sobre a percepção e produção
Imagística humana e suas possibilidades
Comunicacionais
Aline de Menezes
“Certo dia, um imperador chinês pediu ao principal pintor da corte para apagar a cascata que tinha pintado afresco na parede do palácio porque o ruído da água impedia-o de dormir” (Debray, 1993, p13) O aforismo é encantador e inquietante, pois o homem Moderno deixou-se dominar por uma racionalidade cega aos mecanismos subjetivos e “optou” por acreditar no silêncio dos afrescos. É uma lógica que zomba do homem, mas que lhe desperta uma suspeita: que essa história, que faz parte dele está mais esquecida do que perdida, visto que sua retomada está aflorando.
Com uma herança Iluminista, tem-se uma escola que alfabetiza nas letras, estimula a leitura dos clássicos, periódicos e o estudo de outras línguas. Conquistou-se uma sociedade injusta e pobre em sua expressividade. A imagem tem livre acesso entre os povos, sua leitura é dinâmica e imediata, e, por ser simbólica por excelência, fala melhor que a palavra que tendo um vocabulário extenso necessita de amplas tramas para descrever uma situação.
O homem perdeu parte de sua integralidade perceptiva. Esta, só poderá constituir-se a partir da retomada e reformulação de conceitos esquecidos.
Faz-se necessário reconhecer esta integralidade do ser através de suas imagens formuladas pelo imaginário.
AUMONT(1995) propõe, que o homem, observador nato, em praticamente todos os tempos serviu-se de imagens para satisfazer necessidades individuais e coletivas, procurou explorar os mecanismos que as envolvem, e durante a história fez dela sua cúmplice.
A história da arte apresenta, no Paleolítico, nas cavernas de Altamira e Lascaus, formas impressionantes do poder exercido pela imagem desde os primórdios dos tempos. Estas serviam de rito mágico destinado, talvez, a assegurar o êxito na caça. Pinturas que apresentam um homem observador e dominador que,