Da servidão moderna
Dando continuidade, Brient fala que a servidão moderna seria então a submissão que temos ao dinheiro. Ele diz que “a servidão moderna é uma escravidão voluntária”, o que implica na “liberdade de consumo”. Todos são livres para comprar o que quiserem (e aquilo que o dinheiro lhes permitir), porém ficar submisso ao consumo é voluntário. O consumismo está tão presente no nosso dia a dia que não nos damos conta. Um fato interessante é que as propagandas são responsáveis por parte disto, pois elas na maioria das vezes influenciam à compra. É comum encontrar mensagens ao nosso redor que nos falam que “só é feliz quem consome”.
“Só é livre quem possui dinheiro”, e é isto que forma os poderosos dos dias atuais. É questionado o seguinte argumento: “A liberdade só existe para aqueles que defendem os imperativos mercantis”. É possível ser livre sem consumir, sem estar do lado do poder. Diante de tanta desigualdade e corrupção, ainda existe uma sociedade que consegue se destacar por viver sem submissão ao consumo.
De qualquer forma, existirá sempre um poder à frente, seja ele um poder igualitário ou não. Destruir o poder não soluciona a escravidão moderna. O problema não está no poder, mas em quem está no poder.