Da passagem do mito para filosofia.

1407 palavras 6 páginas
Unidade 1ª Da passagem do mito para filosofia.

O mito é um “relato das origens” e que , enquanto tal, tem uma função de instauração: só há mito se o acontecimento fundador não tem lugar na história, mas num tempo antes da história. O mito diz sempre como nasceram as coisas, as instituições, as regras etc.

A diferença entre mito e a história sagrada.
O mito, ao contar uma história sagrada revela um mistério: porque as personagens do mito não são seres humanos: são deuses ou heróis civilizadores, e por esta razão as duas “ações memoráveis” constituem mistérios: o homem não poderia conhecê-los se não lhos revelassem.
O mito é, pois, a história do que passou “naquela época”, a narração daquilo que Deuses ou seres divinos fizeram no começo do Tempo". Dizer um mito é proclamar o que se passou “desde a origem”, Uma vez “dito”, quer dizer, revelado, o mito tornar-se verdade apoditica: fundada na verdade absoluta. O mito se institucionaliza e torna-se inquestionável: é assim porque dizem que é assim.

Como o mito ganha força? O que o torna tradição?
O mito funda o rito, o ritual em que uma determinada ordenação do mundo é reafirmada. Na verdade, o rito muitas vezes representa o mito e o reafirma como um modelo de ação para a comunidade. Os mitos, então. Se ligam a fundamentação do Estado e a preservação de certos interesses de classe. Esses interesses estão ocultos, no entanto, os mitos poderiam ser manipulados pelos que detém o poder, uma vez que, serviriam de fundamento para os primeiros códigos de leis, em sua maioria de caráter consuetudinário (leis não escritas). As tradições sociais e os seus ideais tendem a ser tomados ou incorporados em mitos. As da sociedade de consumo capitalista, em sua ânsia por vender e criar “novidades”, sempre repõe os seus ídolos (da mesma forma que os “consome”).
A mitologia grega e a explicação da Natureza.
Mesmo que as cidades-estados gregas fossem independentes entre si, a religião era um fator de unidade na Grécia

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