Da Avenida Central para a Av. Rio Branco

IAA - Instituto de Arquitetura e Artes
Curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo

AVENIDA RIO BRANCO, ANTIGA AVENIDA CENTRAL

FREDERICO GONÇALVES CADAVAL PAMPLONA

Rio de Janeiro, setembro de 2014.
A Avenida Central, atual Avenida Rio Branco, foi inaugurada em 15 de novembro de 1905, representando um dos marcos de reurbanização da cidade do Rio de Janeiro. No início do século XX, no Rio de Janeiro, sob o poder do então Prefeito Pereira Passos, nascia a Avenida Central, inspirada na política de urbanização francesa, à época. Em fevereiro de 1912, a avenida passou a chamar-se Avenida Rio Branco, em homenagem ao Barão do Rio Branco, diplomata, advogado, geógrafo e historiador brasileiro, que teve grande importância na solução de questões de fronteiras no Brasil.
Avenida Central em construção, com o Pão de Açúcar ao fundo

Autor: Marc Ferrez

Ao aproximar do século XX, a cidade do Rio de Janeiro mantinha diversas características de sua época colonial. Possuía ruas estreitas, pouca iluminação e péssimas condições de higiene. O centro era habitado cada vez mais por famílias de baixa renda, em cortiços, vivendo em condições precárias. A partir de interesses políticos, econômicos e ideológicos, foi pensada uma modernização para a cidade do Rio de Janeiro.
A criação da Avenida Central representou diversas mudanças na cidade, tornado-se símbolo de modernização e também o centro comercial e financeiro da Capital. Possuía 1.800 metros de extensão e 33 metros de largura, ligando, na época, o mar ao porto. Em sua abertura possuía 30 prédios já acabados e 85 ainda em construção. Todos seguiam as regras de um concurso de fachadas: ter no mínimo três pavimentos; o pavimento térreo destinado a lojas comerciais e as fachadas com 10, 15, 20 e 25m de largura, depois estendidas até 35m. Os projetos das fachadas eram ecléticos, com estilos sobrepostos de modelos europeus e norte-americanos. Tratava-se de fachadas elaboradas, ornamentos abundantes e materiais de alto