Da assistência à ação social na prática espírita

DA ASSISTÊNCIA À AÇÃO SOCIAL NA PRÁTICA ESPÍRITA

*Aylton Paiva – [e-mail]

O Movimento Espírita, no Brasil, desde o seu início preocupou-se não só com o atendimento espiritual das pessoas, como, também, com o atendimento das necessidades materiais dos carentes. Desenvolveu-se, então, com o decorrer do tempo, uma rede de amparo e assistência fundamentada em cada Centro Espírita que surgia. Traziam eles os objetivos do estudo, da divulgação, do exercício da mediunidade e da ajuda aos desvalidos de recursos materiais. Assim tivemos as fazes do: a) assistencialismo – caracterizado pelo atendimento imediato das necessidades prementes: alimentos, remédio, roupas e abrigo para idosos; b) a assistência e promoção social – além da assistência material imediata objetivava-se, também, promover a pessoa no desenvolvimento das suas potencialidades, surgindo, então, as creches, as escolas desde as do ensino fundamental até faculdades, hospitais psiquiátricos, clínicas de atendimento a dependentes químicos. Prosseguindo no processo natural da assistência e do desenvolvimento integral do ser humano proposto pelo Espiritismo, chegamos a: c) ação social. Vale lembrar os esclarecimentos dos Espíritos, na questão nº 930 de O Livro dos Espíritos: “ Numa sociedade organizada segundo a lei do Cristo, ninguém deve morrer de fome. A seguir, comenta Allan Kardec: “Com uma organização social criteriosa e previdente, ao homem só por sua culpa pode faltar o necessário. Porém suas próprias faltas são freqüentemente resultado do meio onde se acha colocado. Quando praticar a lei de Deus, terá uma ordem social fundada na justiça e na solidariedade e ele próprio também será melhor”. Observamos que os Mentores Espirituais que elaboraram a Doutrina Espírita alertaram sobre a necessidade da sociedade organizar-se segundo os ensinos de Jesus, em que sobrelevam a justiça e o amor e Allan Kardec reitera a necessidade de se lastrear a sociedade na lei Divina para que