João Pessoa, agosto de 2012 É um elemento radioativo que não existe na natureza. Emite partículas beta e gama, sendo esta última de elevada energia e muito penetrante. Radiações ionizantes de alta intensidade podem provocar lesões nas células e tecidos vivos, causando uma série de efeitos nocivos que caracterizam o chamado envenenamento por radiação. O acidente de Goiânia, ocorrido em 1987, foi um gravíssimo episódio de contaminação por radioatividade, sem precedentes na História. O desastre fez centenas de vítimas, todas contaminadas através de radiações emitidas por uma única cápsula que continha césio-137. As principais fontes de exposição ocorreram por inalação, ingestão ou conato físico com o material radioativo. O maior veículo de disseminação foram as próprias pessoas diretamente envolvidas na manipulação e guarda do material radioativo. Os efeitos somáticos são causados pela radiação de danos nas células do corpo, e apresentam-se apenas em pessoas que sofreram diretamente a radiação, não interferindo, ou apresentando sintomas, nas gerações posteriores. Os efeitos somáticos que ocorrem logo após uma exposição aguda são chamados de imediatos, como a Síndrome Aguda de Radiação (SAR). Como mostrado no fillme, as vítmas apresentaram os sintomas típicos dessa síndrome, como alterações gastrointestinais caracterizadas por perda de apetite náuseas, vômito, diarréia intensa e apatia, queda de cabelos, ausência pelos, distúrbios do comportamento, alterações hematológicas e lesões cutâneas. Logo após os sintomas começaram a se agravar levando a morte de mais de 230 vítimas. Os efeitos hereditários são os que surgem nos descendentes da pessoa irradiada como resultado de danos por radiações em células dos órgãos reprodutores, as gônadas. Têm efeito teratogênico ou seja, provocam alterações significativas no desenvolvimento das pessoas irradiadas quando ainda no útero materno. O principal efeito tardio das exposição às radiações é a cancerização. No