Células-tronco
O conhecimento da existência das células-troncos nos tecidos é antigo. A grande revolução científica atual não reside, portanto, no fato da descoberta destas células, mas sim no fato de que, nos últimos anos, os cientistas aprenderam a interferir no “destino” delas, direcionando a diferenciação das mesmas em outros tipos celulares muito diferentes do tecido original do qual elas foram extraídas. A descoberta do grande potencial de diferenciação das células-tronco remeteu toda a comunidade acadêmica e a sociedade, de um modo geral, à possibilidade de tratamento de diversas lesões teciduais graves, como o trauma medular, infarto do miocárdio, assim como de doenças degenerativas, como o mal de Alzheimer, Esclerose Lateral Amiotrófica, entre outras. O Brasil é um país que vem se destacando no contexto mundial no que se refere aos estudos sobre células-tronco, com pesquisas nesta área sendo desenvolvidas em sua maioria, por cientistas essencialmente das universidades públicas. Em nosso estado, entretanto, a pesquisa com células-tronco e terapia celular ainda é incipiente, restrita aos laboratórios de pesquisa de órgãos públicos, ocupando posição de pouco destaque dentro do cenário nacional. Por outro lado, as perspectivas para a mudança deste panorama são positivas, com a expansão do interesse de grupos locais de cientistas em desenvolver estudos nesta área.
A grande revolução científica não reside no fato da descoberta das células-tronco, mas sim no fato de que nos últimos anos os cientistas aprenderam a identificar, isolar, manter in vitro estas células-tronco de tecidos e embriões e a interferir no seu ‘destino.
Diariamente, grande parte das células que formam nosso corpo se multiplica dando origem a novas células da mesma linhagem de modo a manter o funcionamento dos tecidos e órgãos de um determinado indivíduo. Porém, sabe-se que há, em praticamente todos os tecidos do corpo, um