Células-tronco totipotentes ou pluripotentes
Logo após uma fertilização bem sucedida (estima-se que mesmo dentro do útero a maioria dos óvulos fertilizados não se desenvolvem) a célula-ovo começa a se dividir: uma em duas, duas em quatro, quatro em oito e assim por diante. Até o estágio de oito células, cada uma delas é chamada de célula-tronco totipotente. Isso porque qualquer uma dessas células, se for inserida em um útero tem o potencial de formar um ser completo. Ou seja, se fosse possível separar as oito células sem destruí-las e colocá-las em útero, poderíamos gerar, teoricamente, oito gêmeos idênticos.
Células-tronco pluripotentes
A divisão continua e cerca de cinco dias após a fecundação o pré-embrião (ainda não é embrião) tem cerca de 100 células. Nessa fase, onde o pré-embrião é chamado de blastocisto, já ocorre uma primeira diferenciação. As células já não são todas iguais. As células externas já estão programadas para formar a placenta e os anexos embrionários, enquanto a massa interna vai formar os diferentes tecidos do corpo. As células que formam a massa interna, são chamadas células-tronco pluripotentes.
Células-tronco pluripotentes não conseguem formar um ser completo
Essas células, conseguem formar todos os tecidos do corpo, com exceção da placenta e anexos embrionários. Se forem inseridos em um útero, não conseguem mais formar um ser completo. São essas células-tronco pluripotentes o pivô da grande discussão que ocorreu em Brasília e que culminou na liberação das pesquisas, com células-tronco embrionárias, em maio passado. Elas detêm o segredo de como é possível formar qualquer tecido. Por isso são tão