Células endoteliais progenitoras: uma terapia possível?
Pessôa Células endoteliais progenitoras Ponto de Vista
Ponto de Vista
Células Endoteliais Progenitoras: uma terapia possível?
Endothelial Progenitor Cells: a possible therapy?
Bruno Sevá Pessôa
Resumo
A capacidade de proliferação e diferenciação das células progenitoras endoteliais (CPE) tornaram-nas candidatas ideais para a pesquisa de reparação de danos vasculares. Embora os resultados sejam animadores, há uma série de fatores responsáveis pelo número e função das CPE que permanecem desconhecidos. Limitações quanto à identificação e regulação dos fatores envolvidos são encontradas, e as estratégias para reverter os danos vasculares são generalizadas. Portanto, há ainda um grande caminho até que as CPE sejam usadas de forma segura e promovam uma efetiva reparação. Palavras-chave: Células Endoteliais; Doenças cardiovasculares; Lesões do sistema vascular; Aterosclerose
Abstract
The proliferation and differentiation capabilities of endothelial progenitor cells (EPC) make them ideal candidates for vascular damage repair research. Despite encouraging findings, several factors affecting the numbers and functions of these cells are still unknown, imposing constraints on the identification and regulation of the factors involved, while strategies for reversing vascular damage are widespread. There is thus still a long way to go before EPCs can be used safely for effective repairs. Keywords: Endothelial cells; Cardiovascular diseases; Vascular system injuries; Atherosclerosis
Introdução
Desde 1997, quando foi descrita a existência de células progenitoras endoteliais (CPE) na circulação1, várias pesquisas demonstraram sua importância na reparação de vasos sanguíneos danificados, na neovascularização de lesões isquêmicas e reendotelização 2-3 , sugerindo que essas células apresentem importante função na patogênese da aterosclerose e doenças cardiovasculares. Essa capacidade de proliferação e