Câncer do colo do útero
O câncer de colo do útero é uma neoplasia maligna, localizada no epitélio da cérvice uterina, oriunda de alterações celulares que vão evoluindo de forma imperceptível, terminando no carcinoma cervical invasor. Isso pode ocorrer em um período que varia de 10 a 20 anos (GERK et al., 2002).
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA, 2011), o câncer do colo do útero, também chamado de cervical, demora muitos anos para se desenvolver. As alterações das células que podem desencadear o câncer são descobertas facilmente no exame preventivo (conhecido também como Papanicolaou), por isso é importante a sua realização periódica. A principal alteração que pode levar a esse tipo de câncer é a infecção pelo papilomavírus humano, o HPV, com alguns subtipos de alto risco e relacionados a tumores malignos.
De acordo com Smeltzer e Bare, (2002) o câncer de colo de útero inicial raramente produz sintomas. Quando ocorrem sintomas como secreção, sangramento irregular ou sangramento após a relação sexual a doença pode estar em estado avançado. A secreção vaginal no câncer de colo uterino avançado aumenta de forma gradual e toma-se aquosa e escurecida. Devido à necrose e infecção do tumor, seu odor é fétido.
Com aproximadamente 500 mil casos novos por ano no mundo, o câncer do colo do útero é responsável pelo óbito de 230 mil mulheres por ano. Esse câncer é o mais comum entre as mulheres em países em desenvolvimento e o segundo mais frequente em todo o mundo, correspondendo a aproximadamente 12% dos tumores em mulheres (INCA, 2006).
A ocorrência desse tipo de neoplasia e o número de óbitos apresentam-se com diferenças regionais no País e o primeiro lugar em frequência se dá nas regiões Norte e Nordeste (INCA, 2006).
A cérvice uterina é constituída por dois tipos de epitélios: o colunar e o escamoso. O local de encontro destes se denomina junção escamo-colunar (JEC) que pode ser ectocervical ou endocervical. As células colunares, por um processo