O câncer de próstata é a neoplasia mais freqüente no sexo masculino, representando 30% dos casos identificados. Os tumores originam-se do epitélio glandular da próstata, sendo que os pacientes desenvolvem quadros de adenocarcinoma local. O grande problema é que, na grande maioria das vezes, o câncer de próstata, na sua fase inicial, não apresenta nenhum sintoma. Numa fase adiantada, começará a obstruir a urina, como ocorre como tumor benigno (Hipertrofia benigna da próstata - HBP), ou seja, o aumento do volume (tamanho) da próstata. Apesar de benigno, neste estágio, o tratamento curativo já é mais difícil (LEFORT e ALMEIDA, 2004 e INCA, 2003). A magnitude do câncer de próstata é refletida pelas estatísticas publicadas pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA). Nestas, o número de casos novos estimados para o Brasil em 2005 foi de 46.330, representando um risco estimado de 5.1 casos para 100.000 habitantes, além de ser o tipo de câncer mais freqüente em todas as regiões do Brasil. Com relação à idade, a probabilidade da ocorrência do câncer de próstata em homens com menos de 39 anos é de um em cada 10.000 homens; um em 103 homens entre os 40 e 59 anos e um em 8 homens entre os 60 e 79 anos. Assim, o aumento exponencial dos casos acima dos 50 anos faz com que o rastreamento seja fundamental a partir desta idade (PAIVA et al., 2010 e INCA, 2003). Segundo o INCA (2003), para homens assintomáticos com idade entre 50 e 70 anos não está indicado o rastreamento populacional, baseado na ausência de evidências científicas de que as estratégias atualmente disponíveis (toque retal e dosagem de PSA) reduzam a mortalidade por este câncer, além do risco de seus efeitos adversos. Quando houver risco aumentado para o desenvolvimento de câncer da próstata (história de pai ou irmão com diagnóstico de câncer da próstata antes dos 60 anos) deve-se proceder o encaminhamento para consulta especializada em centros de referência para aconselhamento apropriado, que inclui orientação