Câmara Cascudo e seus conceitos sobre Arte e Cultura Popular
Luís da Câmara Cascudo (Natal - RN 1898 - idem 1986). Folclorista, professor, historiador e jornalista. Filho do coronel Francisco Justino de Oliveira Cascudo (1863 - 1935) e de Anna da Câmara Cascudo. Inicia a carreira jornalística em 1918, assinando a coluna Bric-à-Brac do jornal A Imprensa, administrado por seu pai. Forma-se na Faculdade de Direito do Recife em 1928, e trabalha como professor de história do Colégio Atheneu Norte-rio-grandense. Em 1934, torna-se sócio correspondente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro - IHGB e escreve numerosos artigos para as revistas publicadas pelo instituto. Funda a Sociedade Brasileira de Folclore em 1941. Dois anos depois, a convite do poeta Augusto Meyer (1902 - 1970), diretor do Instituto Nacional do Livro - INL, começa a redigir o Dicionário do Folclore Brasileiro, importante obra de referência, lançada em 1954. Nas décadas de 1950 e 1960, é responsável pela organização de diversas coletâneas de textos históricos, etnográficos e sobre os mitos folclóricos nacionais. Assume o cargo de professor catedrático de direito internacional público da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, em 1961. Em viagem pela África, em 1963, visita Angola, Guiné, Congo, São Tomé, Cabo Verde e Guiné-Bissau, onde coleta informações utilizadas nos livros A Cozinha Africana no Brasil, de 1964, e História da Alimentação no Brasil, publicado em dois volumes em 1967 e 1968. (KURTEN, E. 23 abril, 2012)
Quando se refere a popular e povo no trabalho de Câmara cascudo vale a pena destacar que o conceito de povo diz respeito a todos, a uma experiência em comum a cultura, partilhada pelos membros de diferentes classes sociais e gerações. Tal definição de Povo e Popular remete para duas leituras. Na primeira, existe um pensamento ideológico de pensar em todos no mundo de excluídos: a Cultura Popular desqualificaria a diferença. Na segunda, cabe falar numa