Custos
Introdução:
Para começar, no método por absorção, é preciso entender a separação entre custos e despesa. Os gastos relativos ao processo de produção são custos, e os relativos à administração, às vendas e aos financiamentos são despesas.
Os custos por absorção determinam o custo de cada unidade produzida e de seu total, nos mostrando onde foram os gastos produtivos, fixos e variáveis, gastos com mão-de-obra direta, indireta, água, luz, materiais diretos e indiretos, etc.. No sistema por absorção existe uma difícil tarefa, a de diferenciar custo e despesa, isso pois as despesas são, no caso, não são apropriadas diretamente para os produtos.
Porém, na prática, ocorre uma série de problemas por não ser possível a separação de forma clara e objetiva. Por exemplo, é comum encontrarmos uma única administração, sem a separação da que realmente pertence à fábrica; surge daí a prática de se ratear o gasto geral da administração, parte para despesa e parte para custo, rateio esse sempre arbitrário, já que não há possibilidade prática de uma divisão científica. Normalmente, a divisão é feita em função da proporcionalidade entre número de pessoas na fábrica, ou com base nos demais gastos, ou simplesmente em porcentagens fixadas pela Diretoria.
Como tentativa de solução ou pelo menos de simplificação, algumas regras básicas podem ser seguidas:
a) Valores irrelevantes dentro dos gastos totais da empresa não devem ser rateados.
Se, por exemplo, o gasto com o departamento pessoal for de 0,3% dos gastos totais, deve-se tratá-lo como despesa integralmente, sem rateio para a fábrica.
b) Valores relevantes, porém repetitivos a cada período, que numa eventual divisão teriam sua parte maior considerada como despesa, não devem também ser rateados, tornando-se despesa pelo seu montante integral.
Por exemplo, a administração é centralizada, incluindo a da produção, representando 6% dos gastos totais da empresa; numa eventual distribuição, 2/3 delas