CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES
A gestão de custos, independentemente das técnicas a serem utilizadas, pode se transformar em fator diferenciador em relação a concorrentes ou unidades da mesma organização. Porter (1999), ao tratar das vantagens competitivas possíveis de serem alcançadas pelas empresas, aponta a liderança pelos custos como uma delas. A gestão de custos, para muitos sistemas organizacionais, tornou-se essencial à manutenção de suas atividades e sucesso das operações.
Atualmente, o foco da competição mudou de uma visão estreita de redução de custos para atingir lucratividade para a maximização do valor oferecido ao cliente por um preço competitivo. Maximização do valor implica na eliminação de atividades que não agregam valor em todas as áreas funcionais do negócio ou até mesmo na cadeia onde está inserido. O objetivo é atingir vantagem competitiva baseada em uma escolha estratégica (WAEYTENS e BRUGGEMAN, 1994).
O método de custeio baseado em atividades (Activity Based Costing – ABC) oferece às empresas um mapa econômico de suas operações, revelando o custo existente e projetado de atividades e processos de negócios que, em contrapartida, esclarecem o custo e a lucratividade de cada produto, serviço, cliente e unidade operacional. Este método facilita a identificação dos produtos rentáveis e dos não rentáveis, bem como das atividades que agregam e não agregam valor.
Por um lado o método ABC apresenta vantagens como a melhora da acuidade e relevância do custeio do produto ou serviço e permite um rastreamento mais detalhado dos custos indiretos.
Por outro lado, requer despesas e esforços extras para a obtenção da informação para análise.
Poucos estudos relatam os problemas ou falhas relacionados ao ABC e, consequentemente, pouco é sabido sobre o que pôde ter causado estas dificuldades. Segundo Waeytens e Bruggeman (1994), causas relacionadas ao projeto do sistema ABC, no que tange à complexidade do modelo ou definição de atividades, são um exemplo para a