Cursos a fazer
O desafio atual do governo
A tarefa dos democratas e progressistas hoje é fortalecer o governo Dilma no Congresso, para que possa fazer frente à coalizão de centro-direita, e junto à cidadania, para avançar com reformas por Roberto Amaral — publicado 13/11/2014 16:07, última modificação 13/11/2014 16:07 inShare1 Tweet
Luis Macedo / Câmara dos Deputados
Congresso
É essencial que o governo tenha um apoio sadio no Congresso
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Quem vai resolver a crise da democracia?
A chamada classe-média alta e a pequena burguesia descobriram que a emergência dos pobres – a ascensão dos de baixo – cobra-lhes dividendos: para que muitos tenham algo a mais é preciso que poucos tenham um pouco menos. Esse preço, no entanto, parece-lhes muito alto. Os ascendentes miram sempre patamares mais elevados, e os que já lá estão temem essa chegada, pois não há garantia de espaço para todos. No frigir dos ovos, alguém haverá de ceder, e o medo da queda é mais forte do que o sonho que acalanta a subida. Sob o pavor de uma eventual regressão social, que não as ameaçam, as camadas médias urbanas tentam impedir a mobilidade social – este, o novo "fantasma" da sociedade fundada na desigualdade de classe.
É contra a ascensão dos pobres que berra e se mobiliza a direita brasileira, açulada pelo discurso de uma oposição biliosa: seu combustível é o medo.
A direita no Brasil e em todo o mundo, hoje como sempre, jamais teve compromissos com a democracia, pois jamais titubeou em fraturá-la sempre que a defesa de seus interesses sugeriu essa alternativa. Foi assim, entre nós, em 1954 no golpe que se concluiu com o suicídio de Vargas; foi assim 1955, na tentativa de impedir a posse de Juscelino Kubitschek e na pretensão de sustar-lhe o governo, mediante