curso direito
O criticismo filosófico kantiano é uma reação ao dogmatismo (Wolff) e ao ceticismo (Hume). De fato, entre esses extremos procura posicionar-se a filosofia kantiana, conciliando inclusive empirismo e idealismo, redundando num racionalismo que acaba por re-orientar os rumos das filosofias moderna e contemporânea.
Dados biográficos acerca do filósofo de Kónigsberg confirmam na prática o que foi seu pensamento em teoria: rigor, perseverança e imanência racional.
O conhecimento só é possível para Kant na medida em que interagem condições materiais de conhecimento advindas da experiência (o que os sentidos percebem) com condições formais de conhecimento (o que a razão faz com que os sentidos percebam). A experiência é o início do conhecimento, mas sozinha é incapaz de produzir conhecimento: “Se, porém, todo o conhecimento se inicia com a experiência, isso não prova que todo ele derive da experiência”
Isso quer dizer que os sentidos absorvem da experiência dados, informações... que a razão elabora e organiza; é dessa união do que a experiência fornece com o que a razão operacionaliza, porque nela já estão as condições formais para tanto, que é possível o conhecimento. Com isso formula sua célebre doutrina acerca da razão prática e da razão teórica, bem como acerca dos juízos sintéticos e analíticos.
Inclusive o homem, na doutrina kantiana, governa-se com base em leis inteligíveis
(puramente racionais) e naturais (empíricas e sensíveis), correspondendo estas a duas categorias diferentes entre si, de acordo com a própria proposta geral das reflexões do sistema filosófico criticista. A teoria kantiana do conhecimento informa que os objetos são contaminados pela razão humana. O kantismo inaugura uma nova fase das especulações éticas. Kant faz da ética o lugar da liberdade, na medida em que instrui seus preceitos de forte conotação
deontológica