Curdos Poder Politico
A independência ou a auto-dominação começaram por ser ambições elevadas de um povo e tornaram-se na realidade central de um sistema político quando, uma sucessão de acontecimentos ( invasão do Koawit e derrota do Iraque ), terminaram no abandono do Norte do Iraque pelo poder militar e do governo. A partir desta condição os curdos viram uma oportunidade única de poderem administrar o seu território. Segundo Stanfield (2003) não será um exagero afirmar que a formação do KGR (Kurdish Regional Governmet) é o momento mais importante da história do movimento nacional curdo, contudo, as tentativas para a governação nem sempre têm sido um modelo de sucesso. O afastamento do GoI (Governo do Iraque) do Curdistão Iraquiano pode ser visto como uma ferramenta para o desenvolvimento de um estado independente no território. Após as campanhas Anfal de 1989, foi formada a aliança IKF (Iraqi Kurdistan Front) de partidos curdos. Logo em seguida foram pressionados a tomar decisões rápidas, atendendo á situação de emergência e necessidade de administração das áreas libertadas, e como decidir os métodos para governar o território sem envolvimento com questões fronteiriças. O IKF enfrentava ainda a rápida decadência do poder militar, a necessidade de negociar com o GOI e o embargo interno articulado á retirada de todos os órgãos administrativos do governo central. As políticas territoriais foram desenvolvidas através de uma estrutura parecida a um governo regional, organizado em províncias, sendo que a maioria da população se encontrava nas cidades, pois toda a infraestrutura rural tinha sido completamente devastada nos últimos anos. Apesar de existir uma grande estrutura provincial, os lideres não sabiam lidar bem com a Democracia. Assumir qualquer posição separatista no contexto regional seria um suicídio, pelo que a direção do IKF decidiu legitimar a sua autoridade através da realização de um plebiscito e neste sentido formou um comitê